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Vigilantes da Rodoviária de BH são orientados sobre como lidar com pessoas em situação de rua

13 de novembro de 2020

Vigilantes da Rodoviária de BH receberam treinamento sobre como lidar com pessoas em situação de rua. O evento foi promovido nos últimos dias 10 e 11 de novembro pela empresa Segex Segurança Privada, responsável pelos serviços de vigilância prestados no Terminal. Especialista no tema, o psicólogo Douglas Menezes ministrou o treinamento, realizado no Auditório da Rodoviária com equipes de até 24 colaboradores. Foram cumpridas todas as medidas de prevenção e distanciamento social em face da pandemia.

O objetivo foi conscientizar os vigilantes quanto ao atendimento adequado a pessoas em situação de rua, por meio de tratamento igualitário e humanizado. Também foram prestadas orientações sobre unidades de atendimento que oferecem serviços de acolhimento à população de rua na capital mineira.

Em sua apresentação, o psicólogo abordou a Política Nacional para Inclusão Social da População em Situação de Rua, datada de 2008. Ela integra o esforço de estabelecer diretrizes e rumos que possibilitem a (re)integração dessas pessoas às suas redes familiares e comunitárias. A Política também prevê o acesso aos direitos dos cidadãos brasileiros e a oportunidades de desenvolvimento social pleno, considerando as relações e significados próprios produzidos pela vivência do espaço público da rua.

Menezes expôs ainda o resultado da Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social entre os anos de 2007 e 2008, a fim de quantificar e qualificar todos os fatores. Quanto aos motivos que levam as pessoas a morar nas ruas, os principais são, segundo esse levantamento: alcoolismo e/ou uso de drogas (35,5%), perda de emprego (29,8%) e conflitos familiares (29,1%).

“São diversos os grupos de pessoas que estão nas ruas: imigrantes, desempregados, egressos dos sistemas penitenciário e psiquiátrico, entre outros, que constituem uma enorme gama de pessoas vivendo o cotidiano das ruas”, salientou o psicólogo em sua apresentação. Existem, ainda, os chamados “trecheiros”, pessoas que transitam de uma cidade a outra – na maioria das vezes, caminhando a pé pelas estradas, pedindo carona ou se deslocando com passes de viagem concedidos por entidades assistenciais.