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Codemge assume gestão do Palácio das Mangabeiras

13 de junho de 2019

O anúncio foi feito em pronunciamento do governador Romeu Zema, com a participação do presidente em exercício da Codemge, Alfredo Fischer

A gestão do Palácio das Mangabeiras, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte, passa ser feita pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), a partir desta quarta-feira, 12/6. O Estado de Minas Gerais e a Companhia celebraram convênio de cooperação para implementar ações que agreguem mais eficiência na administração do espaço e melhor aproveitamento do imóvel. Desde o início deste ano, o local não é utilizado como residência oficial do governador de Minas Gerais.

O anúncio foi feito em pronunciamento oficial do governador Romeu Zema, no Palácio das Mangabeiras. Além do governador, participaram do evento o presidente em exercício da Codemge, Alfredo Fischer, o secretário de Estado de Cultura, Marcelo Matte, o diretor da Casacor, Eduardo Faleiro, o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Rodrigo Bedran, e a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Michele Arroyo.

O convênio destaca a importância da adequada manutenção e preservação do imóvel, que tem projeto inicial de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, com jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx. Como empresa pública indutora do desenvolvimento, a Codemge tem, entre seus nichos de atuação, o fomento à indústria criativa e ao turismo, incluindo a administração de empreendimentos e tendo inseridas em seu objeto social a gestão patrimonial de bens imóveis do Estado e a exploração comercial de espaços sob sua responsabilidade.

O termo tem vigência prevista de quatro anos, considerando que a gestão do Palácio pela Codemge será temporária, até que sejam concluídos estudos acerca da destinação definitiva a ser dada ao local. O documento prevê a garantia de segurança e vigilância de toda a área do imóvel. Além da administração do espaço, caberá à Companhia realizar a gestão, operação e exploração do imóvel, incluindo a manutenção de suas características arquitetônicas e em compatibilidade com a estrutura existente. De acordo com o presidente em exercício da Codemge, Alfredo Fischer, está sendo feito um levantamento inicial para verificação das áreas a serem recuperadas, tanto na parte externa, quanto no interior do imóvel, a fim de que sejam feitas adaptações para receber a população.

O imóvel foi desafetado por meio do decreto nº47.667 de junho de 2019. Com a desafetação, a natureza do bem imóvel foi alterada, deixando de ser um bem de uso exclusivo da Administração Pública e podendo agora ter outros usos, desde que autorizado por esta. De acordo com o governador, o espaço será aberto para visitação do público dentro de 60 a 90 dias.

Casacor 2019

Estão em andamento tratativas para que o Palácio das Mangabeiras passe a sediar, como primeiro evento, a 25ª edição da Casacor Minas Gerais, após manifestação de interesse dos organizadores na utilização do espaço. Reconhecida como a maior mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas, a iniciativa está agendada para o segundo semestre deste ano, entre 31 de agosto e 6 de outubro.

A proposta é que a Casacor promova, além do evento, benfeitorias, obras de infraestrutura, restauro, recuperação, manutenção e vigilância do espaço a ser ocupado por ela durante o período médio de seis meses ao ano, pelos próximos quatro anos.

Para o diretor da Casacor, Eduardo Faleiro, o Palácio das Mangabeiras é um lugar simbólico, que não está mais no modelo inicial Ele comenta que a Casacor pode contribuir para melhorias, bem como resolução de problemas técnicos de instalação, manutenção, além de questões de restauro indicadas pelos órgãos reguladores e fiscalizadores, como o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).

Segundo o Secretário de Cultura, Marcelo Matte, nos meses em que o local não estiver sendo utilizado pela Casacor, o plano é que o espaço seja ocupado por uma exposição de arte modernista. De acordo com Matte, o governo já está em alinhamento com o Secretário Municipal de Cultura, Juca Ferreira, para a cessão do acervo que se encontra no Museu da Pampulha. Também há uma expectativa de expor obras do acervo próprio do governo e de artistas mineiros.

Palácio das Mangabeiras

Situado na Rua Professor Djalma Guimarães, no Bairro Mangabeiras, o Palácio foi inaugurado em 1955, durante a gestão do então governador mineiro Juscelino Kubitschek. O edifício e sua área adjacente pertencem ao perímetro de tombamento do Conjunto Paisagístico da Serra do Curral, protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desde a inauguração, o local vinha servindo de residência aos chefes do Executivo mineiro. Em janeiro de 2019, o governador Romeu Zema optou por residir em outro imóvel e dar uma destinação mais ampla e democrática ao Palácio, que tem 42 mil metros quadrados de área.