Evento promove o audiovisual brasileiro com filmes, atividades artísticas e debates.
De 24 de janeiro a 1º de fevereiro, foi realizada a Mostra de Cinema de Tiradentes, o maior evento do audiovisual brasileiro. Na sua 23ª edição, o festival teve patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). Foram nove dias de programação inteiramente gratuita, com exibição de 113 filmes (31 longas, 1 média e 81 curtas-metragens) em 53 sessões, além de dezenas de mesas de debates, performances artísticas e musicais, oficinas e lançamentos de livros.
Ao lado de outros setores da indústria criativa, o cinema faz parte de uma nova matriz econômica, moderna e sustentável, que a Codemge fomenta. Nos últimos anos, a Companhia investiu mais de vinte e cinco milhões em ações para impulsionar as etapas de produção, distribuição e exibição de obras audiovisuais desenvolvidas no estado. Esse financiamento possibilitou ainda a atração de quase trinta milhões em investimentos da Ancine, colocando em movimento uma complexa cadeia produtiva, que gera empregos diretos e indiretos em diversas áreas.
“O patrocínio à Mostra de Cinema de Tiradentes representa apoio a uma ação consistente e consolidada, que há mais de vinte anos estimula talentos e apresenta um panorama variado do cinema brasileiro contemporâneo. Com programação gratuita, o evento contribui para a formação de público, a criação de redes de contato entre os profissionais e a capacitação de mão de obra, por meio de oficinas e debates, além de geração de riqueza por meio da atividade turística do município histórico”, define Dante de Matos, Diretor-Presidente da Codemge.
O Gerente de Fomento e Incentivo da Codemge, Marcelo Braga, participou da cerimônia de abertura e recebeu, em nome da Companhia, uma placa de agradecimento pelo patrocínio. “Este ano foi marcado por uma diminuição do apoio das empresas públicas federais, não só à Mostra de Cinema, mas à área da cultura de forma geral. Nesse contexto, a presença da Codemge, de outras empresas públicas do Estado de Minas Gerais e do Governo de Minas Gerais assume uma relevância ainda maior na continuidade de ações que movimentam a economia criativa”, ressaltou Marcelo.
O primeiro fim de semana da Mostra privilegiou as produções de Minas Gerais, mostrando a diversidade audiovisual do estado. Além de colocar em cartaz diversos curtas-metragens, a mostra Foco Minas apresentou a pré-estreia nacional de “O Lodo”, do cineasta mineiro Helvécio Ratton. Baseado em um conto de Murilo Rubião e com integrantes do Grupo Galpão no elenco, o longa-metragem foi contemplado no Edital de Produção e Finalização de Obra de Audiovisual 01-2018 da Codemge, tendo recebido da Companhia R$ 1 milhão e, graças ao aporte da estatal mineira, outros R$ 1,5 milhão da Ancine. Além do elenco e equipe majoritariamente mineiros, as cenas foram rodadas em Belo Horizonte, refletindo o caráter da própria obra de Rubião. “É uma história muito mineira, belo-horizontina, posso dizer. Embora Rubião tenha nascido no sul de Minas, a fase escritor dele aconteceu aqui”, afirmou Ratton em entrevista ao jornal Hoje em Dia. Falando ao mesmo veículo, o ator Rodolfo Vaz marcou a importância do filme em um momento de redução dos investimentos em cultura no âmbito federal. “Trabalhamos muito. O que fazemos gera centenas de empregos”, registrou o ator.
A Mostra
Maior evento dedicado ao cinema brasileiro contemporâneo, a Mostra de Cinema de Tiradentes exibe e debate, em edições anuais, um importante recorte da produção audiovisual brasileira, em pré-estreias nacionais, de longas, média e curtas – uma trajetória abrangente que ocupa lugar de destaque no circuito de festivais no Brasil. Sua 23ª edição oferece uma programação cultural gratuita que inclui a exibição de 113 filmes brasileiros, 53 sessões de cinema, homenagens, oficinas, debates, seminário, mostrinha de cinema, exposições, lançamento de livros, teatro de rua, shows musicais, performance audiovisual, encontros e diálogos audiovisuais e atrações artísticas.