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Conselheiros fiscais visitam CBMM e Comipa, em Araxá

24 de maio de 2022

Integrantes da governança da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) estiveram em Araxá/MG e visitaram diversas instalações da CBMM e da Companhia Mineradora do Pirocloro (Comipa). Estiveram presentes a presidente do Conselho Fiscal da Codemge e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Simone Deoud Siqueira, os conselheiros fiscais da Companhia Mineradora do Pirocloro (Comipa), Fernando Barbosa e Frederico Amaral, e os diretores executivos da Codemge Bruno Estéfano Teixeira (Diretoria Jurídica) e Eduardo Zimmer Sampaio (Diretoria de Participações). A assessora da Presidência Lívia Maurizi e a coordenadora de Comunicação, Sandra Palla, também participaram da visita, realizada nos dias 18 e 19 de maio.

Entre os locais visitados, estão as minas de pirocloro da CBMM e da Codemig, o Centro de Monitoramento Integrado (CMI) e a unidade de expedição da CBMM e a sede administrativa da Comipa. Toda a equipe ficou hospedada no Grande Hotel de Araxá, de propriedade da Codemge e sob gestão do grupo mineiro Tauá desde 2010.

A presidente do Conselho Fiscal enalteceu a iniciativa, organizada pela Secretaria-Geral da Codemge. “Foi uma visita muito produtiva. Já tínhamos informações sobre a CBMM e a Comipa por meio de leituras, mas nada como ver in loco. Esse conhecimento permite uma visão sistêmica, a qual facilita a tomada de decisões em nível de conselho”, ressaltou Simone Siqueira.

Visita à CBMM

Na CBMM, a comitiva foi recebida na quinta-feira, dia 19, por Lourenço Moura, gerente de Britagem; Álvaro Rezende, da área de Relacionamento com a Comunidade; Guilherme Augusto, do Jurídico; e Geraldo Caneschi, gerente de Mineração da Comipa.

Os visitantes primeiramente observaram amostras dos produtos finais gerados a partir do processamento do pirocloro. Em seguida, assistiram a um vídeo, acompanhado de explicações dos representantes da CBMM, sobre o processo de produção do nióbio, da extração na mina até a exportação dos produtos finais, para os mais de 40 países com os quais a companhia mantém comércio.


Para todos verem: comitiva da Codemge e da Comipa vê amostras de produtos de nióbio, apresentadas pelo gerente da CBMM, Lourenço Moura
Para todos verem: amostras de produtos de nióbio
Para todos verem: equipe da Codemge e Comipa sentada à mesa, assistindo ao vídeo da CBMM
Para todos verem: o gerente da CBMM Lourenço Moura explica o processo de produção do ferronióbio aos visitantes
Para todos verem: parte do vídeo da CBMM, mostrando o fluxo da produção de ferronióbio

Em seguida, os participantes visitaram as minas da CBMM e da Codemge. As atividades de mineração são realizadas a céu aberto, por escavação simples, sem uso de explosivos. A operação de lavra é executada pela Comipa em cerca de apenas três quilômetros quadrados, por tratores de esteiras, pás escavadeiras, carregadeiras e caminhões. O minério extraído pela Comipa é vendido com exclusividade à CBMM, que, em seu complexo industrial, beneficia o minério e o industrializa, transformando-o em produtos industrializados de nióbio.

Para todos verem: mina de pirocloro
Para todos verem: visitantes da Codemge e da Comipa e o gerente da Comipa Geraldo Caneschi, tendo ao fundo a mina de pirocloro

A equipe também conheceu o Centro de Monitoramento Integrado, responsável pela inspeção e pelo controle das barragens. O parque industrial da CBMM tem oito barragens – uma é destinada à contenção de sedimentos; outra é para o acúmulo de água fresca; quatro são para a disposição de resíduos/rejeitos do processo de concentração de nióbio; e duas estão em fase de descaracterização. As estruturas passam por verificações e avaliações constantes, garantindo altos padrões de segurança, com monitoramento 24 horas e redundância em todos os controles.

Para todos verem: João Soares, supervisor da CBMM, em frente a uma tela de monitoramento de barragens

O complexo industrial da CBMM conta com diversas unidades, incluindo concentração, refino e metalurgia, óxido de nióbio, óxidos especiais, ligas especiais e nióbio metálico, além de embalagem e expedição. Ao todo, há mais de 15 etapas de beneficiamento e industrialização para produzir o produto final de nióbio, tendo à disposição 17 plantas produtivas.

Para todos verem: conselheiros e diretores visitam instalações da CBMM

No pátio da CBMM, os conselheiros e diretores tiveram a oportunidade de conferir, por meio da carcaça de um carro em exposição, que o nióbio está presente também na estrutura de automóveis. Os visitantes foram informados de que aços microligados ao nióbio são mais leves, eficientes e seguros. Essa ligação apresenta maior resistência e tenacidade, permitindo o uso de chapas mais finas nos veículos, contribuindo para o conceito do light design e a resistência a impactos.

Utilizado principalmente em ligas metálicas e em aços especiais, o nióbio confere aos compostos propriedades importantes, com emprego na fabricação de turbinas de aeronaves, tubulações de gás, placas para plataformas marítimas, pontes, viadutos, edifícios, aparelhos de ressonância magnética, marcapassos, sondas espaciais, foguetes, componentes eletrônicos, baterias, além de estrutura e componentes de automóveis.

Para todos verem: carcaça de um carro em exposição mostra que o nióbio está presente na estrutura de automóveis

Finalizando a visita, a comitiva conheceu a unidade de expedição, onde os produtos industrializados de nióbio são embalados e destinados aos clientes. A capacidade produtiva de ferronióbio, principal produto comercializado pela CBMM, é de 150 mil toneladas/ano.

Para todos verem: unidade de expedição da CBMM
Para todos verem: unidade de expedição da CBMM

O diretor jurídico da Codemge, Bruno Teixeira, salientou a importância de conhecer a complexidade do processo industrial, que envolve desde a extração mineral até a unidade de metalurgia. “O processamento transforma terra em ferronióbio, com altíssimo valor agregado, demonstrando quão importante é a parceria entre a Codemig e a CBMM”, disse. “É motivo de orgulho fazer parte desta história e compartilhar com os conselheiros este conhecimento que nos foi passado nas apresentações durante a visita”, exaltou.

Empresa genuinamente brasileira, a CBMM é uma sociedade por ações de capital fechado, com 70% do capital pertencente ao Grupo Moreira Salles e 30% distribuídos por dois consórcios pertencentes a China, Japão e Coreia do Sul. A CBMM emprega 1.800 pessoas, além de gerar outros 1.800 empregos indiretos, aproximadamente.

Visita à Comipa

Em Araxá, os conselheiros e diretores também estiveram na sede administrativa da Companhia Mineradora do Pirocloro, na quinta-feira, dia 19. O gerente administrativo da Comipa, Dartagnan Viana, recebeu os participantes, que puderam conhecer as instalações e a equipe de colaboradores.

Para todos verem: da esq. para dir., Dartagnan Viana, da Comipa; Simone Deoud Siqueira, presidente do Conselho Fiscal da Codemge/Codemig; Fernando Barbosa, conselheiro fiscal da Comipa; Eduardo Zimmer e Bruno Teixeira, diretores da Codemge; Frederico Amaral, conselheiro fiscal da Comipa; e Lívia Maurizi, assessora da Codemge, em frente à sede administrativa da Comipa

Ao apresentar a sede aos visitantes, o gerente da Comipa destacou a melhoria da governança na instituição, com a busca contínua por mais transparência. Ele lembrou, ainda, que as visitas da Codemge à Comipa e vice-versa, as quais vêm sendo realizadas nos últimos anos, geram mais conhecimento entre os funcionários e interação entre as duas empresas. A equipe da Comipa é formada por 165 colaboradores – destes, 33 atuam na parte administrativa e 132, na operacional.

Para todos verem: equipe da Comipa recebe os visitantes em sua sede administrativa

O conselheiro fiscal da Comipa, Frederico Amaral, considerou bastante proveitosa a visita à Comipa e à CBMM. “É muito válido conhecer a operação da CBMM e a interação com a Comipa, vendo na prática a extração e o beneficiamento, no qual há elevada agregação de valor”, comentou. O conselheiro fiscal Fernando Barbosa, também da Comipa, pontuou: “é um processo produtivo de tal monta, com tal cuidado, respeitando normas e legislação, que nos deixa engrandecidos a nós que temos de fiscalizar”.

Parceria entre Codemig e CBMM

A Codemig e a CBMM são sócias na Comipa, empresa de gestão compartilhada que tem como finalidade a lavra do minério proveniente dos direitos minerários concedidos à CBMM e à Codemig. A parceria entre a CBMM e a Codemig consiste no arrendamento das suas minas à Comipa, responsável pela extração mineral. A Comipa vende o minério à CBMM, que o beneficia e industrializa, comercializando produtos industrializados de nióbio. Em virtude da parceria, a Codemig e a CBMM celebraram uma Sociedade em Conta de Participação (SCP), em que a CBMM é a sócia ostensiva, com o objetivo de remunerar a Codemig em 25% do resultado gerado na operação da cadeia de valor do nióbio.

O acordo com a CBMM foi iniciado em 1973, prorrogado automaticamente em 2002 e válido até 2032. Como acionista majoritária da Codemig, a Codemge usufrui da participação desta na SCP — a Codemge tem 51% de participação na Codemig, e o Estado de Minas Gerais tem 49%.

O nióbio

O nióbio é um metal de transição, descoberto em 1801 pelo químico inglês Charles Hatchett. Em meados do século XX, esse elemento começou a ganhar maior relevância. Características como alta condutividade térmica e elétrica, maleabilidade e alta resistência à corrosão, ao calor e ao desgaste, conferem ao nióbio a capacidade de melhorar as propriedades de materiais, tornando-os mais eficientes. Por esse motivo, o metal é hoje utilizado em diversos setores, como os de mobilidade urbana, infraestrutura, distribuição e geração de energia de fontes renováveis, com diversas aplicações tecnológicas.

Para todos verem: caixa contendo amostra de ferronióbio, em formato de pedra na cor prateada

Outras aplicações incluem a fabricação de vidros e de cerâmicas especiais, utilizadas em receptores de televisão e outros equipamentos; a produção de catalisadores químicos; usos em aparelhos de medicina diagnóstica e até mesmo em aceleradores de partículas de alta energia. Novas ligas e compostos que utilizam o nióbio seguem sendo desenvolvidas, o que deve ampliar o leque de aplicações do elemento e aumentar a demanda por sua produção.

Para todos verem: latas contendo ferronióbio, em formato de pedras de cor prata

Desse modo, o nióbio tem papel fundamental em inovações tecnológicas para o desenvolvimento de materiais inteligentes e mais resistentes, com maior segurança, redução de peso, performance e eficiência. Também ajuda a resolver complexos desafios de engenharia, elevando a eficiência de materiais, a economia, a liberdade de design e a segurança, com mais resistência e tenacidade e de maneira mais sustentável.

Para todos verem: lata contendo ferronióbio

Para garantir um futuro movido por energia renovável, o uso de materiais desenvolvidos com a tecnologia do nióbio traz resultados consideráveis. Entre eles, estão a geração e o consumo de energia limpa, baterias mais seguras, de carregamento rápido, com maior vida útil e densidade energética, bem como soluções de armazenamento mais eficientes.

Saiba mais sobre o nióbio nos sites da Codemig e da Codemge.

(Fotos: acervo Codemge/Codemig)