Investimento de até R$ 32 milhões, oriundos da Codemge, será aplicado na construção de laboratório de alta tensão, fomentando o desenvolvimento e projetando o estado no cenário internacional
O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG) assinam nesta segunda-feira, 7/5, contrato para construção do primeiro módulo do importante Instituto Senai de Inovação – Centro Empresarial de Desenvolvimento de Inovação da Indústria Elétrica e Eletrônica (ISI-CEDIIEE), em Itajubá, no Território Sul. O investimento da Codemge na ação será de até R$ 32 milhões, possibilitando ganhos em infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento, além de potencializar a produtividade e a geração de emprego e renda na região, bem como elevar a competitividade do estado no mercado internacional de equipamento elétrico.
O ISI-CEDIIEE constitui um complexo laboratorial capaz de atender à demanda da indústria elétrica e eletrônica por testes de alta tensão, alta potência elevação de temperatura e ensaios mecânicos, entre outros, todos essenciais à competitividade da indústria, a ser efetivada por meio da oferta de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico de alta qualidade. Por meio da utilização desses laboratórios, os parceiros Codemge e Senai-MG pretendem tornar o ISI-CEDIIEE em referência institucional para soluções inovadoras, além de promover a pesquisa e o desenvolvimento de atividades relacionadas aos setores de energia elétrica, petróleo e gás e de indústrias de máquinas e equipamentos, em nível nacional e internacional.
Em virtude da complexidade do empreendimento e de sua importância para o desenvolvimento e o fortalecimento da indústria mineira e nacional, a construção, a equipagem, o desenvolvimento e o funcionamento de todo o complexo laboratorial do ISI-CEDIIEE contará com o apoio de parceiros estratégicos, como a Codemge. O investimento da Empresa será no Setor C, responsável pela administração e pelo laboratório de alta tensão, onde poderão ser ofertados diversos ensaios, como tensão aplicada sob frequência industrial a seco e sob chuva, impulso atmosférico e de manobra a seco e sob chuva, tensões combinadas e medições de descargas parciais, por exemplo.
A iniciativa do Governo do Estado demonstra alto potencial de geração de benefícios diretos e indiretos, notadamente relacionados ao desenvolvimento econômico e à geração de negócios, emprego e renda, além do aumento na arrecadação tributária. Também permitirá a disponibilização de infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento e a consequente promoção de inovação e geração de novas soluções a serem ofertadas no mercado, contribuindo, inclusive, para a redução de importações.
Mercado brasileiro
A produção brasileira de máquinas e equipamentos elétricos soma dezenas de bilhões de reais e tem apresentado crescimento. Em 2013, por exemplo, o patamar chegou a R$ 63,8 bilhões, tenso saltado para R$ 68,7 bilhões em 2014 e R$ 70,3 bilhões em 2015.
Apesar disso, esse mercado importa anualmente bilhões de reais, que têm potencial de serem substituídos por soluções locais. Para exemplificar, em 2016, a importação no País chegou a R$ 22,74 bilhões nesse segmento, enquanto a exportação totalizou R$ 8,70 bilhões. Já em 2017, foi importado um volume total de R$ 21,59 bilhões, e exportados R$ 8,01 bilhões.
Fomento à alta tecnologia
O Governo de Minas Gerais e a Codemge reconheceram o segmento eletroeletrônico como um dos setores prioritários e estratégicos para obtenção do desenvolvimento produtivo, científico e tecnológico de Minas Gerais. A Empresa valoriza o ecossistema eletroeletrônico mineiro e a indústria de alta tecnologia.
Com uma diretoria exclusiva para o fomento a essa indústria, a Codemge busca viabilizar sua participação em novos negócios e projetos que tenham grande potencial de assegurar, de forma perene e ambientalmente sustentável, o aumento da renda e do bem-estar dos mineiros. Além disso, trabalha na atração de empresas de alta tecnologia e inovação para se instalarem, expandirem ou consolidarem sua atuação no estado, por meio da estruturação de projetos com potencial de impacto relevante na economia mineira.