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Minas comemora o avanço do verde

29 de novembro de 2017

Projeto “Plantando o Futuro”, coordenado pela Codemig, segue firme em seu propósito de plantar 30 milhões de árvores e recuperar 40 mil nascentes, semeando desenvolvimento e sustentabilidade em todas as regiões mineiras

Iniciativa é coordenada pela Codemig e tem orçamento de R$ 396 milhões

Lançado pelo governo de Minas Gerais em março de 2016, o programa “Plantando o Futuro” encerra 2017 com inúmeras conquistas a comemorar. E mantém o compromisso de plantar 30 milhões de árvores, recuperar 40 mil nascentes, seis mil hectares de mata ciliar e dois mil hectares de áreas degradadas nos 17 Territórios de Desenvolvimento mineiros (veja box na página ao lado) até dezembro de 2018.

Com orçamento total estimado em R$ 396 milhões, a iniciativa é coordenada pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) em parceria com diferentes organizações não governamentais e entidades do Estado. O foco das ações desenvolvidas desde o seu lançamento é assegurar um futuro mais verde, hídrico e sustentável para todos os mineiros, por meio da implantação de viveiros de mudas, do mapeamento e do cercamento de nascentes. Bem como pela distribuição e o plantio de mudas de espécies florestais nativas dos três biomas existentes em Minas Gerais: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.

Um dos primeiros convênios firmados pelo “Plantando o Futuro” foi com o Instituto Terra, que tem sede em Aimorés, no Vale do Rio Doce. Por meio do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro), foram destinados R$ 5,5 milhões à entidade para a recuperação de mil nascentes na Bacia do Rio Manhuaçu, um dos mais importantes afluentes do Rio Doce, que banha 202 cidades em Minas Gerais e outras 26 no Espírito Santo.

A parceria com o Instituto Terra envolve 500 proprietários rurais, com vistas ao incremento das ações de reflorestamento no entorno dos olhos d’água existentes, como forma de potencializar a recarga e a produção hídrica em toda a região. O plano do trabalho também contempla a instalação de fossas sépticas biodigestoras nas propriedades participantes, contribuindo para o enfrentamento de um grave problema: a contaminação das águas do Rio Doce e de seus afluentes por esgoto doméstico.

Período chuvoso

Outra iniciativa de destaque do “Plantando o Futuro” é o convênio com o Instituto Espinhaço. O objetivo é assegurar a produção e o plantio de três milhões de mudas, em 61 municípios integrantes da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, tombada como patrimônio natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) desde 2005.
Três viveiros já foram instalados e estão em pleno funcionamento: em Itabira, na Região Central de Minas; na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), campus Sete Lagoas; e na cidade de Gouveia, no Vale do Jequitinhonha. A construção de um quarto viveiro, também fruto da parceria entre a Codemig e o Instituto Espinhaço, está sendo finalizada no município de Conceição do Mato Dentro, também na Região Central.

Até o momento, o Instituto Espinhaço já plantou aproximadamente 400 mil mudas ao longo de três importantes bacias hidrográficas: Jequitinhonha, Médio São Francisco e Alto Rio Doce. Outras 1,8 milhão de novas árvores estão prontas para serem introduzidas na natureza e a ideia é aproveitar o atual período de chuvas que, conforme dados da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), teve início em outubro e deve se estender até o fim de março, com precipitações acima da média na maior parte do Estado.

Novas alianças

Somando forças e criando alianças para ampliar paulatinamente o alcance do “Plantando o Futuro” em Minas, a Codemig também firmou convênio, em abril de 2016, com o Centro de Formação Francisca Veras, sediado em Governador Valadares.

A meta é plantar 2,88 milhões de mudas de diferentes espécies florestais para a recuperação de terrenos degradados em 27 assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). As mudas estão sendo produzidas em quatro viveiros: Periquito (Vale do Rio Doce), Campo do Meio (Sul de Minas), Uberlândia (Triângulo Mineiro) e Montes Claros (Norte de Minas). Cerca de 40 mil mudas já vicejam em Campo do Meio, nos assentamentos Primeiro do Sul e Nova Conquista II.

As cidades de Jampruca (Assentamento Manoel Ferreira Alves), Uberlândia (Assentamento Emiliano Zapata) e Governador Valadares (Oziel Alves) receberam o plantio de mil mudas cada. A previsão é que as mudas cubram uma área de 2,6 mil hectares. O plantio nos assentamentos é precedido da elaboração e aprovação dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs), sendo um para cada região e priorizando áreas com maior passivo ambiental identificado, além do entorno de nascentes e margens de cursos d’água.

Vale ressaltar, ainda, os resultados alcançados graças ao convênio com o Grupo Dispersores, de Brazópolis, no Sul de Minas, que atua nos segmentos de reflorestamento, produção de mudas e educação ambiental. Essa parceria se destina à recuperação de 200 nascentes e ao plantio de 130 mil mudas de árvores nativas na Área de Proteção Ambiental (APA) Fernão Dias, na Serra da Mantiqueira, e na Região do Alto da Bacia do Rio Sapucaí.

As equipes técnicas envolvidas já cadastraram metade das nascentes georreferenciadas, contando com a total anuência dos proprietários e também com o engajamento social das comunidades beneficiadas.

Saiba mais no site www.plantandoofuturo.mg.gov.br